sábado, 31 de outubro de 2009

SUKATA DE PRIMAVERA - OUTUBRO 2009

Esperava quase inerte e o vento lhe deu movimento.
O jornal se movia, quase pronto para ir embora.
Estava repleto de notícias frescas
do mundo que se renova e se mata.
E não tendo qualquer compromisso por ter sido ali jogado,
inerte ele virara apenas lixo um papel amontoado.
E eu nem vi o dono do seu esquecimento.
Sou uma pobre distraida tentando esquecer-me debaixo deste dia de sol.
Lamento.
Não tinha nem moeda para comprar um jornal.
Precisava sair desta paz quase entediante lendo
Notícias - as que trouxessem alguma alegria -,
para minha vida de esquecimento e enclausurada.
Então...
Disfarsando o meu abandono
desisti de procurar pelo seu dono
bagunça esquecida na areia de uma bonita
praia onde vivo e me enterro há tantos anos.
Virei uma espécie de chata sem galocha e griffes de qualidade.
Dediquei conservar como patrimônio valores imateriais e humanos.
E o jornal voara solto com a areia, chamado pela brisa.
Desviei deste destino de sereia enrrugada,
Levantei meu corpo mulato desta canga amassada.
Para salvar o meu objeto do trabalho daquela edição já quase na água.
Eu não sou jornalista, nem radical ecologista.
Mas tive pena do jornal que ninguem leu.
O Jornal carrega em si o trabalho de tanta gente
em comunicar as noticias diversas do mundo.
O descaso do cidadão que o esqueceu me
aguçou a curiosidade.
E me inspirou a tentar escrever.
Uma homenagem a comunicação e a imprensa deste país.
Depois de alcançar suas páginas rasgadas pelo impacto da areia,
Tentei ler alguma novidade.
Inutil... o vento teimava em transforma-lo em brinquedo.
Tive medo de me tornar muito ridícula
aos olhares de quem só quer um banho de mar e ma cerveja na mão.
Viva a notícia do mundo que se modifica a cada segundo,
E viva a libertade responsável de comunica-las aos leitores.
Observei voracidade humana atentando contra a natureza que
me convida a reciclar minha própria vida e conceitos nesta inquieta lucidez..
Deste lugar que devolve pureza por preservar minha infância de menina
nesta idade de loba em mim já desacreditada.
Sinto um impulso de brincar de modelar as notícias impressas naquela edição.
Hoje estou acompanhada de bons sentimentos.
Nem critico as tendências das matérias e tão pouco quero censurar o autor do esquecimento.
Me senti uma privilegiada em tentar salvar aquele exemplar.
Neste 30 de outubro de 2009, daqui da praia de São Francisco, em Niterói,
Estou vivendo numa outra realidade quase de isolamento.
O que prova que neste país sou ainda sou maoria desinformada e manipulada mas com boa fé e compaixão.
Sigo em ciclos de alegria e de pura tristeza por não saber,com certeza, o sentido do trabalho de toda uma vida. Inclusive da minha.
Acabo de amassar o jornal do anônimo relaxado ou distraído.
Desejo que as noticia do Rio de Janeiro e as do Brasil neste quase fim de ano,
tragam mais emprego, educação, dignidade para todas as meninas da geração da minha filha e depois dela, como projeção daquilo que fui um dia.
Eu gosto de preservar a minha infância e sonhos singelos com o por- de-sol.
Deus harmonize este Rio de Janeiro que amo.
Que para seus filhos e filhas não Lhe vejam apenas um monumento inventado para ser visitado no Corcovado ou nas igrejas em altar.
Na cidade em que nasci e trabalhei umavida inteira,
Desejo que todo o fantasma de intolerância
e engano possa ser exorcizado.
Sem esta vontade de mudança aqui compartilhada de improviso,
Minha esperança de paz vira riso e motivos de não sair de casa.
Sem medo de tiroteio ou de ser assaltada.
Amo ser carioca e não me sinto ressuscitada.
Não por falta de comunicar coisas boas mas por sentir que a liberdade sem noção de
preservação torna cada irmão uma emboscada.
Daqui, do outro lado da Ponte, nesta santificada enseada de São Francisco,
Sou agora uma especie de gaivota de jornal quase letrada.
Preciso desenvolver mais tolerância comigo.
E ter mais consolação nas atitudes dos outros as quais não posso modificar.
Não me sinto mais deprimida ou impotente. Apenas consolada por espirito manso.
Percebo que a ignorância e esta no disperdicio deste amor a vida.
Temo morrer esquecida feito esta folha de jornal amarrotada.
Feito sucata de sonhos, sei que somos todos a extensão de cada um que convive conosco e que tem a intensão coletiva de nos preservar todo o dom da vida.
Kátia da Luz

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Arroz Doce Inventado por Mim - Uma Cilada Anunciada

duas xícaras de arroz-papa,
uma caneca de leite integral gelado
quatro colheres de mel
um punhado de cravos e lascas de canela em pau
duas colheres de sopa de geléia caseira de morango,
dois sachês de chá de erva doce
paus de canela para decorar.

Assim fiz minha escolha... Agradecer por você existir!!!
Assim com gratidão e carinho criei este mimo para comer com sorvete ou goiabada.

Se não curtir paciência... Criei uma pouca cilada.
A vontade foi de me esconder não funcionou da maneira esperada.
Nem minha filha gostou, nem comi fiquei aguardando um comentário qualquer.
Sabe a falta de sensibilidade está acabando com minha vontade de preparar surpresinhas de mulher.
É melhor evitar criar na cozinha quando não tenho a maestria de ser cozinheira.
Só a vontade de inventar um quitute que diga a minha família OLHE, ESCUTE, AINDA EXISTO, FALHO E SOU MULHER.
Assim, percebendo que fracassei no invento ,
decidi comunicar a ANA MARIA que - mesmo sendo inspirada por Ela, quase todos os dias-, me atrevi a lhe prestar homenagem com uma iguaria não comentada.
Assim, prefiro que você peça a moçada de sua cozinha,
pra nem dá nota a minha receitinha
que parece não ter sido aprovada.
Insistir?!Que Nada!! Deixar a cozinha pra outra moçada.
Tentar um brinde com a Mestre Ana Maria, que me ensina a errar dando boas risadas.
Por favor, querida Ana, me tire deste vexame!!!
Manda pra gente um pouquinho desta sua competência em ser excelente em tudo que faz!
Receba meu abraço carinhoso, pelos DEZ ANOS DO MAIS VOCÊ na casa da gente!!!
Sou sua fã, Brava e Mansa Guerreira Brasileira, que nem esconde o quanto é especial!!
Meu presente pra você virou piada pro lourinho comentar. Acho que se experimentar vira gororoba no ar!!!

Me dê a chance de ao menos de lhe dar um abraço,
De ganhar um livro autografado por você! Por favor, me tire deste vexame!
Ah!!! Aqui em casa há mais de dez anos VOCÊ É MAIS UNÂNiME!

Parabéns, Te Adoro, Kátia da Luz

Já Não Sou Essa Coca cola Toda...

Escolher e incluir novos textos... Acabo de sair de um louco processo de auto-aceitação.Não sou nem metade do que está escrito aqui e nem pretendi ser além do que já sou. Muito texto, para refletir o que a vida dá de Graça sem esperar nada em Troca... Deus acessa em mim hoje mais silêncio e meditação. Conclusão: PAZ na alma, sem murmurinhos do pensamento e do coração.