Ainda lembro das cantigas que fiz para ninar meus bebes
na madrugada de 19 de abril de l985, amamentando um
menininho abençoado, cantarolava canção popular que dizia
assim:
A ovelha traz a lã com o orvalho da manhã
Para alegrar o menino, uma cabra toca o sino.
E a cantora sabiá, se esgoela de cantar.
A aranha costureira tece uma roupa ligeira.
A galinha põe o ovo que já fica para o almoço.
E a vaca o que é que quer? Trazer o leite pro café.
Se o menino não se cala nem se a borboleta embala
A mãe sabe consolar, dando o peito pra mamar...
O saudade daquela inocência sagrada. Presente
de Deus até os dias de hoje na minha vida.
Depois, no dia 1 de agosto de l997,
mes e meio adiantada, surge do meu ventre a estrelinha
Karina. Um amor de menina. Anjo e companhia para os dias que a
minha maturidade certamente irá cuidar e se deixar cuidar
Nas madrugadas que sentia muita cólica, eu fiz uma outra canção
que dizia assim:
Vem meu anjinho da guarda
Iluminar minha estrada
Vem meu anjinho amigo
Vem brincar junto comigo
Ah... Anjinho amigo
vem ficar junto comigo
vem sentir um soninho
vem sonhar meu doce anjinho.
Cantarolava até a cólica passar e minha menina dormir.
Neste ano de 2014
Vendo meus filhos crescidos, sinto saudades das falas atropeladas,
das manhas, das risadas dobradas.
Sinto saudade da infância.
Me sinto mais madura e criança.
Contente com o amor que aquece dias frios e solitários.
Feliz pela vida que eles trilham
Orando a Virgem Maria que os mantenham protegidos no seu
santo manto.
Canto o meu pranto de alegria e gratidão
Amãedurecer é seguir com eles a vida que Deus nos reservou.
E eles vão e vem mas jamais sairão de dentro do meu coração.
Amor de mãe é assim. Gracioso, leve, as vezes meloso demais.
Mas tudo que preciso da vida é dessa convivência amorosa que
me fortalece e me dá forças para enfrentar um leão por dia
e um dia de cada vez.
Maturidade com ternura é permanecer com o gosto de bala na boca,
sorriso tranquilo e olhar esperançoso. Que venham os netos.
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