domingo, 6 de setembro de 2009

“Daquilo que insistimos em esconder”

Sentes?

É o teu coração que mente.

Não quer revelar teus segredos

E acabas morrendo de medo.


Ouves?

No silêncio, entrecortamos olhares.

E com ares de quem acorda de um sono profundo,

Desnudamos – por um segundo – o nosso mundo.


Eu?! Espio pelas beiradas de tua alma

Dores e amores interrompidos por tumultos

Ou tédio. Que Remédio?!


Tu?! finges à mim que não percebes

Além da lágrima no canto do meu sorriso

enquanto piso em de seus pés.

- Quem tu és?

E vamos nós, nesta intensa empreitada

Numa viagem que é tudo e é nada

Vasculhando intimidades

Por mais que resistam os nossos segredos,

Rompemos o medo


Atiramos contra o escuro de futuro

Uma chama quente que o sentimento

Nos concede neste finito presente.


Um brinde, uma canção e a eterna oração

Para permanecermos livres da tentação

De fugir para o esconderijo da alma sem termos

Tido a possibilidade de vivenciar a paixão ou

Aquilo que insistimos em esconder.



Katia da Luz.

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